domingo, 21 de agosto de 2011

Pegadas


Lá vou eu,caminhando sem destino
Escrevendo minhas pegadas na vida
Marcando-as no chão sem saber aonde ir

Choro com a chuva sem poder voltar
Mas sigo em frente
Sem temer 
Ouço somente a voz dos meus passos
Fixo meus olhos na poeira
De um caminho longo

Porém levo comigo a esperança 
De receber a felicidade como troféu
Também pensando no que espera por mim
Depois das pegadas levadas na viagem
Quase sem fim...                                                            
                                                       ClaraMartins

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Poesias Recentes

A simples semente da vida

O que é o amor
Certamente não poderíamos explicar em palavras
A pergunta invariável que torna o mundo cheio de dúvidas


Amor é sonho que se vive
É vida que se sonha
É o eterno vácuo que cobre o imenso universo
Ou a simples semente de onde brotará uma flor
É a tristeza que alegra
Um medo que encoraja
É a aflição que nos deixa refletir 
O único sentido da vida


A alegria que invade meu pensamento melancólico
Como um rio que deságua no mar
A emoção nos meus olhos
Ao ver a chuva cair
Com o barulho do silêncio
A aurora que aparece peça manhã
Como uma lágrima verdadeira de felicidade


Amor não se descreve, se vive, se sente, se imagina
Flutua como o vento
Por campos florestas e mares
Por ser tão leve
E invade simploriamente a tormenta
Como um feixo de luz na imensidão do ar

                                                      ClaraMartins

domingo, 7 de agosto de 2011

Poesias Recentes

Verbo de Ligação

O céu está azul
Como sempre foi
Eu fico inquieta


Tudo permanece em movimento
Mas,agora,lentamente
Nenhum som...nada
É o que parece para mim


O céu torna-se cinza
E eu continuo do jeito que estou
Que sou...


Tudo parece o céu
Algo homogêneo e sem cor
Mais um passo e o nada continua
Mais tenso... intenso e impactante


Fico intacta,em dúvida
Se realmente tudo virou o nada
E permaneceu essa ligação
Entre o trivial e o supérfluo
Mesmo sendo perplexa
Continua viva


                                                                         Clara Martins

Poesias...Perdidas

Lua

E só uma estrela
Foi o que sobrou
Uma lembrança gravada no céu
Esquecida

Lá no alto,ela mirava nossa vida
Vigiava nossos olhares
Cantarolava nosso amor
Tudo ela via
E tudo ela percebia
Nossa cúmplice
Nossa testemunha

Você disse-me tudo com um olhar
Apenas um olhar
Me embalou nos sonos mais profundos
E me fez não resistir aos sonhos
(Mas não fazia diferença,pois todos eram com você)
Eu,você e algo mais
Que flutuava sobre nós
Invisível

Nesse dia,você criou a lua
E a fez sorrir
Tão bela
Nesse dia eu vi a estrela
Reluzente
Vigilante

E você a viu na luz dos meus olhos
E eu tive uma sensação viciante
Ao tocas em suas mãos
Você em mim
Eu provavelmente em você

Provavelmente...

E a distância te levou
E você levou a lua
Lua mal amada
Tu foste e só assim eu te conheci
Te percebi
Tua outra face
Que ódio de ti

A distância que te leve
Me deixe a lua
Lua que te traga de volta
Não consigo parar
Foi o amor que mais amei
Que eu não queria amar
Mas amo

Lembranças da estrela
Esquecida
Tudo isso viste
Tua amiga,a Lua
Tua companheira de noites
Foi embora
Mas não a culpe por favor
Me culpe
Eu a fiz se distanciar
Mas eu o amava
E o amo,mais que tudo
Eu,estrela
Estrela,eu
Lua

                                                                            Clara Martins


Poesias Recentes

Buraco negro

Não há momento
Não há tempo
Há luz
Escondida no nada

E a humanidade observa
Convive
Teme
Padece

Há momento
Há tempo
Permutados no fim do universo
Não há luz
Grandes fendas que engolem esperança
Antes de pensar,antes de refletir


Não olhe as estrelas,
Nem cometas,supernovas,
Lembrarás de tudo
E o futuro passará
Esquecido, abandonado
O presente será vazio de alegrias

Só não suga todos os sentimentos
Pois se deixará como lembrança
Buraco Negro
Fruto da nostalgia
Desenvolvendo-se na solidão

                                                                             Clara Martins

Poesias de Infância

Pensamento

O mar está em fúria
O sentimento que está em mim agora
É que o mar é a precipitação da vida
Que nasce de uma simples comunhão de água e força
Que vive por minutos ou segundos
Mas sofre vários contratempos
E morre desolada na praia


O mar é meu pensamento
E eu não sei o que penso
Mas parece ser infinito
Solitário
Me traz leveza...mar
Amar
Mas me traz,porém,uma tristeza
Tudo que traz...leva


                                                                     Clara Martins

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Poesias de Infância

Borboleta Branca


Borboleta branca nasceu aqui
Mas foi embora e esqueceu de mim
E agora eu fico na escuridão
Sem ninguém para dar a mão
O que é que eu vou fazer?
Se eu não tenho mais querer
Como vou pensar?
Pois quando ela se foi
Eu não sei o que é mais sonhar!


                                            Clara Martins

Sempre há um começo!

      É bem difícil explicar porque criei esse blog e não o continuei. Medo?Vergonha?Ou o fato de ser estranho escrever poesias para o mundo todo ver?
      É tudo isso e um pouquinho mais.Crio poesias desde os 10 anos e realmente não sei como comecei a colocar minhas ideias no papel.Só me lembro que desde pequena eu fazia rimas e procurava sentido para as coisas mais simples.Entretanto,eu ainda não tinha descoberto a magia de ser poetisa.Que bom que eu descobri;isso já faz parte da minha rotina,mesmo não estando com lápis e papel na mão.As salvo em minha mente,as guardo com muito carinho,pois elas refletem meu eu;uma pessoa que eu ainda não desvendei.
      Já pensei,sim,em fazer um blog,mas,como disse anteriormente,eu tenho muita vergonha de mostrar minhas poesias para pessoas que não conheço (quem me conhece acha isso muito estranho).Só que um certa pessoa que conheci recentemente me fez ver que é realmente importante outras pessoas verem meu "trabalho" para eu aperfeiçoa-lo ainda mais.Graças a essa pessoa,começo esse blog e fico mais incentivada a escrever e,muito além disso:fazer tudo o que gosto de fazer sem ter vergonha de mostrar!Tenho muito a agradecer ao Diego Lieban ,professor de matemática do RS, que fez tudo isso por mim,que já virou um grande amigo e a todos que visitarem meu blog!Espero que gostem!

                                                                                                                        Clara Martins